Sacerdócio
“A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus
ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é
para eles coisa vergonhosa; não gostam dela.” – Jeremias 6:10
“Eu esperava o melhor, mas o pior aconteceu”.
Você talvez tenha ouvido ou mesmo dito isso alguma vez. A decepção nos
entristece quer com situações, quer com pessoas. Ainda mais quando se trata de
alguém de responsabilidade em quem se confiou. No texto acima, o Profeta Jeremias
denuncia o Povo de Deus pela sua corrupção e inclui os profetas e sacerdotes,
pois nos versos 13 e 14 ele diz: “... porque
desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à ganância, e tanto o profeta
como o sacerdote usam de falsidade. Curam superficialmente a ferida do meu povo,
dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” Ninguém parecia incomodar-se com
isso. Os líderes espirituais do povo não apenas deixavam de denunciar o que
desagradava a Deus como praticavam o que sabiam ser proibido. Para nós é prova
de que “todos pecaram e carecem da
glória de Deus” (Rm 3:23), ou seja, ninguém está isento da tendência de
praticar o que é mau.
Deus
instituiu sacerdotes em Israel para que representassem o povo diante dEle.
Porém, somente Cristo é o Sacerdote perfeito. Ele desceu do céu assumindo a
forma de Homem e, com sua morte, tornou-se o sacrifício aceitável perante Deus.
Depois, ressuscitou dos mortos, assentou-se à direita de Deus e hoje continua
intercedendo por todos que se aproximam de Deus, atuando como advogado em seu
favor. Ele de fato “se pôs na brecha” entre nós e Deus.
Os
seguidores de Cristo também foram chamados de sacerdotes: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Pedro 2:9). Como membros deste
grupo, os cristãos têm acesso a Deus e à missão de proclamar o conhecimento que
têm sobre Ele.
Isso
nos ensina que devemos orar por nossos amigos, vizinhos e parentes e procurar
levá-los à fé em Cristo. O mesmo devemos fazer para com as Nações e Povos ainda
não alcançados, como a Coréia do Norte, por exemplo, onde muitos vivem sem
saber que existe um Deus que os criou e que enviou Jesus para perdoar os seus
pecados, caso se arrependam e recebam Jesus como Único Senhor e Salvador de
suas vidas. Vivem correndo de um lado para o outro sem esperança verdadeira.
Essa
é a nossa responsabilidade hoje, como Sacerdotes do Senhor. Não devemos fazer
como muitos crentes hoje em dia que vivem sem se importar com os perdidos e não
se envolvem com a evangelização de ninguém. O Profeta Ezequiel profetizou a
respeito no capítulo 22, versículo 30 do seu livro, quando escreveu: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na
brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a
ninguém achei.”
O
Projeto Abraão nasceu com o propósito de levantar 100.000 intercessores por um
avivamento na Coréia do Norte, mas hoje temos somente 400 irmãos cadastrados no
nosso projeto.
É
tempo de nos despertarmos para uma visão missionária mais abrangente. É tempo de
olharmos além dos nossos muros, além das nossas fronteiras, para observarmos
quanta gente precisa do Evangelho, da Graça Salvadora do nosso Senhor Jesus e
levá-los aos pés do Senhor, clamando por um avivamento na Ásia, na África, no
Oriente médio, entre os povos não alcançados e assim, ao contrário dos Profetas
e sacerdotes de Israel no tempo do Profeta Jeremias, demonstremos, com uma vida
exemplar e de oração, a quem nós pertencemos de fato. Sacerdote é quem Deus
aceita como representante dos homens diante dEle.
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